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Against Me! banda da Flórida, EUA, formada em 1997 denuncia a transfobia em 'Transgender Dysphoria Blues'
28/10/2023 18:17 em COLUNA DO ROCK

Vocalista/guitarra: Laura Jane Grace

 

Guitarra: James Boeman

Bateria: Atom Wilard

Baixo: Inge Johansom

 

 

 

Neste texto pretendo fazer uma resenha do disco da banda norte-americana Against Me!  'Transgender Dysphoria Blues'de 2014. É o primeiro trabalho da banda depois do perfil publicado em 2012 na Rolling Stone EUA, em que a vocalista, à época ainda chamada Tom Gabel, se assumiu trans. Banda de punk rock com elementos de folk e do rock ao estilo de Bruce Springsteen. O álbum mais furioso da banda abordando o sentimento de inadequação ao próprio corpo de forma explícita e comovente. 

 

A vocalista contempla o suicídio em “True Trans Soul Rebel”, declara-se à esposa, Heather Hannoura – que se manteve ao lado de Laura após a vocalista se assumir como mulher, na balada fúnebre “Two Coffins” e denuncia a discriminação na excelente faixa-título.

 

1.Blues da Disforia Transgênero (Transgender Dysphoria Blues)

2.Verdadeira Rebelde de Alma Trans (True Trans Soul Rebel)

3.Amor Incondicional (Unconditional Love)

4.Bebendo Com Os Atletas (Drinking With the Jocks)

5.Osama Bin Laden As The Crucifield Christ (Osama Bin Laden como o Cristo Crucificado)

6.FUCKMYLIFE666 (Fuckmylife666)

7.Amigo Morto (Dead Friend)

8.Dois Caixões (Two Coffins)

9.Estados Paralíticos (Paralytic States)

10.Me Apague (Black Me Out)

 

A tradução destas músicas, recomendo ver, estão disponíveis em LetrasMusBr

 

Neste sexto álbum houve mudanças na composição da banda o baterista Jay Wenberg e o baixista Andrew Seward. Em seu lugar, somaram a banda Attom Willard e Inge Johansson. Transfobia?

 

Uma escolha difícil, que implica em diversas questões, não apenas íntimas. Um vocalista conhecido da cena punk, como seria assumir essa condição de trans diante destes, e (ainda mais) da sociedade?

 

'Transgender Dysphoria Blues' traz  a questão de gênero para a cena punk, conhecida por discutir e abarcar a questão das minorias.

 

Porém não trata-se de um álbum triste para a vocalista mas a transição é vista com estranhamento (How would you even recognize me?, em “FuckMyLife666”) mas nunca como tristeza, que talvez estivesse nos álbuns anteriores.

 

As músicas tratam desta transição “tocando na ferida”, como se Laura estivesse dizendo: “assumi, pessoal. E aí algum problema?”. Com ironia, Laura cita até Deus na música “True Trans Soul Rebel”, com algo do tipo: “será que Deus abençoará meu coração transsexual?”.

 

“Transgender Dysphoria Blues”, “True Trans Soul Rebel” e “Unconditional Love” soam  qualquer coisa.

 

“Drinking With The Jocks” e “Osama Bin Laden as The Crucified Christ” já soam bem mais raivosas, inclusive no vocal. Seguidas de duas músicas mais introspectivas, que são a “FuckMyLife666” e “Dead Friend”, aliás a última música muito bela.

 

Até o próximo texto falando de rock!!!

 

 cidade sem transfobia.

  *coluna do rock era o começo de tudo ou seja quando nasceu o projeto da rádio web geografia rock. Mantemos o nome como marco zero da fundação da rádio. Não temos as datas que foram publicadas  os textos que republicaremos aqui por isso seão publicados aleatoriamente  semanalmente um texto na couna do rock.

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