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Cartografando

Cartografando Frequências: A Prática da Geografia Rock em Contexto Escolar

Por Tyrone Andrade de Mello

Capa do livro Narrativas, Geografias & Cartografias

Capa do livro Narrativas, Geografias & Cartografias – Volume I. Porto Alegre: Editora Compasso Lugar-Cultura e Editora IGEO, 2020.

 

 

 

 

Na mais recente edição do programa História em Pauta, transmitido ao vivo no YouTube, o professor e comunicador Tyrone Andrade de Mello protagonizou uma das entrevistas mais marcantes da série. Criador da rádio educativa Geografia Rock, Tyrone compartilhou sua trajetória com autenticidade, paixão e compromisso com a educação pública e a transformação social.

Durante a conversa, Tyrone relatou como sua participação em programas de rádio, especialmente no programa da comunicadora Beatriz Fagundes — que o convidou a escrever uma coluna sobre rock — foi o ponto de partida para sua trajetória na mídia alternativa, inspirando o surgimento da Geografia Rock — uma rádio nascida da escuta, da experimentação e do desejo de aproximar a geografia e a história da vida real dos estudantes. Com criatividade e poucos recursos, ele transformou a rádio em uma ferramenta pedagógica inovadora, construindo estúdios com sucata, integrando os alunos na produção de podcasts e gerando uma programação que une rock, crítica social e educação.

Sua fala foi marcada por um equilíbrio raro entre conhecimento técnico, sensibilidade humana e senso crítico. Abordou temas como o preconceito contra pessoas com Parkinson, a diversidade de gênero na música, a importância das rádios comunitárias e o papel da escola como espaço de invenção.

Longe de qualquer pose 

ou formalismo, Tyrone se apresentou como é: direto, transparente e comprometido. Seus relatos sobre o dia a dia na sala de aula, as dificuldades enfrentadas, os projetos interdisciplinares e as estratégias criativas para engajar os alunos emocionaram os anfitriões e espectadores.

Ao final, foi reconhecido pelos organizadores como um exemplo de educador apaixonado e transformador. Suas palavras finais resumiram bem o espírito da entrevista:

“Falar da Geografia Rock é sempre um prazer. Dividir os bastidores técnicos é uma forma de mostrar que dá pra fazer rádio com qualidade, mesmo com estruturas simples, desde que com criatividade, dedicação e um pouco de engenho.”

 Assista à live completa: Clique aqui para ver no YouTube

Referência complementar:
REGO, Nelson; KOZEL, Salete (orgs.). Narrativas, Geografias e Cartografias: para viver é preciso espaço e tempo. Volume 1. Porto Alegre: Editora Compasso Lugar-Cultura e Editora IGEO. 2020.

Bastidores da Frequência

A rádio na sala de aula:

 som, voz e território

O som ocupando o território na sala de aula

O som atravessa cabos, toca janelas abertas e ocupa o território — e essa foto é a prova viva disso.

Na escola pública, entre mesas, mochilas e vozes jovens, nasce a potência da Geografia Rock. A imagem acima mostra um momento real de produção de conteúdo pelos estudantes, com recursos simples e muita criatividade. O notebook, o software de som aberto, os

 cabos improvisados com cuidado — tudo faz parte de uma construção coletiva de saberes e escutas.

Mais do que técnica, essa cena revela engajamento, pertencimento e protagonismo. Cada botão clicado ali não é apenas controle de áudio: é uma forma de ocupar o espaço, dar voz a histórias, criar sentido geográfico a p

artir da realidade do território vivido.

Projetos como esse demonstram que é possível transformar a escola em espaço de invenção, onde o conhecimento passa pelo corpo, pelo som e pela coletividade. A rádio não é só um suporte: é um território sonoro de aprendizagem.

Por Tyrone Andrade de Mello — Geografia Rock ️

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